"(...)E todos lembraram a pequena casa dos pais de Milu, com sua portinha de postigo, suas três janelas de tamanho desigual, mal vestida de barro e pintado com a cal que a chuva fazia cair. Tinha cozinha, meio da casa e um quartinho de cama (o dos pais), enquanto ela e a irmã dormiam sobre o estrado do meio da casa e os irmãos num colchão, a lastro, no sotão improvisado no tecto da cozinha. De resto, havia um pequeno quintal que, para além das hortaliças, tinha uma retrete entre o curralinho do porco e a rua das galinhas.(...)"
domingo, 12 de outubro de 2008
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1 comentário:
E a continuação poderia ser:
"Quando acordou, a mãe estava sentada aos pés da cama, encolhida em novelo de ternura, as mãos aflitas sobre o avental de linho. "Dormiste dezasseis horas, meu filho...!", apreensivo o seu fio de voz, o sorriso indelével. "Desculpe mãe! Não dei por nada!"/ "Vou preparar-te qualquer coisa para comeres. Há quase vinte e quatro horas que não comes...", o beijo na testa, a saída para a cozinha, o prazer nos passos, um manjar saboroso na ideia."
Álamo de Oliveira
"Até Hoje (Memória de Cão)"
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