segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Trienal de Arquitectura

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Arquitectura de palavras

carta

Ao som de Zeca de Medeiros, a música Torna Viagem… dói tanto ouvi-la…

”vem esquecer ventanias e vendavais”, “serei o barco tu serás o cais”, “esta noite não hei-de morrer”…

Só me apetece chorar.

Tenho saudades da ilha, ou melhor, do espaço que existe entre as ilhas, invadido pelo mar. Este vazio que tenho no meu coração é como uma cratera de um vulcão extinto sem forças para emergir.

Saudades… nostalgia… este aperto no peito, esta inquietação, as lágrimas redondas e pesadas… espaçadas.

Apetece-me partir, zarpar no primeiro barco, sem olhar para trás… e que o vento salgado seque as minhas lágrimas. E eu, enrolada e agasalhada numa manta feita de retalhos, de pedaços de mim.

O destino, o cais de chegada, o rumo, pouco importa, quero ir ao sabor das ondas, da correnteza… e atracar quando estiver vazia e cansada de mim.

De que serve a terra firme se é feita de margens, de distâncias que nos separam.

Já não vivo sem este sentimento ilhéu, longe do mar, longe da ilha, longe de mim.

A saudade mata mas permite o sonho enlevado de te Ter como quero, fantasiando uma história que nunca se concretizará de certo.

A solidão, os passos ao compasso da maresia ao longo da costa. Tento desvendar o que me diz o mar… detentor da mais antiga sabedoria, Ansião do universo…

O ritmo inconstante da maré e eu calada. Não há nada a fazer. Ficarei no cais na iminência da minha desgraça.

No horizonte uma neblina…reflexo da minha mente turva.

Quero libertar-me de Ti. Liberta-me! Liberta-me como quem solta as amarras de uma embarcação deixando-a à deriva da sua sorte. É certo o naufrágio. É certa a dor da perda. Conseguirei viver da réstia de sonho do que podia ter sido. Conseguirei subsistir com a lembrança das tuas palavras confessadas por desespero.

Serei sempre eu a ficar em terra, e tu embarcadiço da tua solidão, navegando de encontro ao desconhecido, arriscando tudo.

Devolveste-me ao Sonho. E eu devolvo-te a Ti.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Apresentação do livro Inventário do Património Imóvel do Concelho de Santa Cruz da Graciosa


"Na sequência do projecto do Inventário do Património Imóvel dos Açores realizado pelo Instituto Açoriano de Cultura, na âmbito de um contrato firmado com o Governo Regional dos Açores, através da Direcção Regional da Cultura, concretiza-se a publicação de um novo livro sobre o Património Imóvel de Santa Cruz da Graciosa, que será apresentado no próximo dia 22 de Outubro, pelas 21h00, na Biblioteca Municipal daquele Concelho.

Como já vem sendo habitual, a apresentação contará com uma conferência sobre o património imóvel do Concelho alvo da publicação, que será proferida pelo consultor do Projecto do Inventário do Património Imóvel dos Açores, Arquitecto João Vieira Caldas.

Com a publicação deste livro – o décimo primeiro da colecção do Inventário do Património Imóvel dos Açores (depois dos de São Roque, Lajes e Madalena da ilha do Pico, de Vila Nova do Corvo, da Horta, da Praia da Vitória, de Vila do Porto, Lajes das Flores, Ribeira Grande e Santa Cruz das Flores) – ficam agora registados e acessíveis ao público em geral os elementos referentes às 166 espécies inventariadas que representam o significativo património arquitectónico deste concelho de Santa Cruz da Graciosa.

O livro, com cerca de 300 páginas, para além de integrar um texto metodológico sobre o projecto, contém ainda textos de Susana Goulart Costa sobre o enquadramento histórico daquele concelho («Graciosa - A Ilha Esquecida»), de José Manuel Fernandes sobre a evolução da estrutura urbana da vila («Santa Cruz da Graciosa, o Concelho – Aspectos do Urbanismo e da Arquitectura»), de Jorge Augusto Paulus Bruno sobre «Arquitectura da Água – na Ilha Graciosa» e de João Vieira Caldas sobre «A Casa da Graciosa». São ainda publicados 12 mapas com a localização genérica dos 166 casos inventariados, as suas respectivas fichas descritivas e um pequeno glossário."

Correcção ao Post anterior

Ainda acerca da habitação abaixo abordada, fui informada através do amigo Miguel Azevedo (neto do Arqt.º Fernando Sousa) de que o projecto foi encomendado pelo Sr. Luís Gouveia (antigo dono da Casa Vidal), quando casou em 1961 e é de autoria do Arqt.º Fausto Mendes Caiado, por sinal muito amigo do Arqt.º Fernando.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

É uma casa moderna com certeza...

Um dia destes, enquanto esperava na rara fila de trânsito, em hora de ponta, no Caminho de Baixo de São Carlos, olhei para o lado e lá estava esta casa. Construção que passa despercebida a quem circula rapidamente, dentro de um automóvel na via à sua frente... e talvez por se apresentar recuada em relação à rua.
Não são muitos os exemplares de arquitectura moderna aqui na ilha, no entanto gostaria de, neste espaço, ir reflectindo sobre alguns.
Quanto a este imóvel em concreto, ressalta à vista que parte da construção está assente em pilares libertando-se assim espaço exterior, o que se pode enquadrar num dos cinco pontos chave da "nova arquitectura" apregoada por Le Corbusier: a construção sobre pilotis.
A não utilização de ornamentose e de pormenores mais apurados, como rejeição aos estilos históricos também surge patente, através da quase ausência de barras (e as que existem parecem não estar coerentes com o resto, anunciando uma possível alteração ao projecto original).
Na minha opinião, estamos perante o trabalho de um técnico especializado, o que seria raro na altura da sua edificação. Embora não saiba quem será o autor, desconfio que seja obra do Arqt.º Fernando Augusto de Sousa, Arquitecto nascido no Porto em 26 de Abril de 1913 e que viveu e trabalhou na ilha Terceira em grande parte da sua vida.
A introdução de novas e modernas técnicas de engenharia, tais como a utilização de estruturas de betão e o sistema laje/pilar/viga vieram revolucionar a forma de construir como também de pensar a arquitectura. Muitas das características que definem a arquitectura moderna podem ser identificadas neste exemplar, tais como, a predominância de linhas rectas, a articulação de volumes segundo linhas quebradas, maior pureza na composição arquitectónica, existência de vãos de grandes dimensões, existência de Pilotis (estacas sobre as quais as casas parecem pairar acima do solo) e a estrutura da casa visível do exterior: a função e a construção deviam formar uma unidade.
Embora não sejam claras e evidentes todas estas características neste exemplar, é sem dúvida uma obra que surge nesta vertente aqui explanada e que tenta alcançar estes ideais, surgindo num cenário local construtivamente difícil e com lacunas, comparativamente ao restante panorama nacional e internacional.

Caminho de Baixo de São Carlos, São Pedro | Angra do Heroísmo | ilha Terceira | Açores

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Arquitectura para todos...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Câmara da Praia da Vitória propõe edifício para o século XXI | ilha Terceira-Açores


"Novo imóvel vai concentrar serviços municipais na Praça Francisco Ornelas.
É uma obra que promete mudar a face do centro da Praia da Vitória. Foram ontem apresentadas à comunicação social as quatro propostas arquitetónicas para o edifício que vai concentrar os serviços da Câmara Municipal da Praia na Praça Francisco Ornelas da Câmara. O elemento dominante é a arquitetura contemporânea, em algumas propostas misturado com elementos mais tradicionais."
Projecto do Arqt. José Parreira.
In Diário Insular de 22 de Setembro de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conferência "Planeamento urbano numa cidade património" | Arqt. José Parreira


O quarto debate sobre Angra do Heroísmo, organizado pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira, decorre hoje, dia 12 de Abril, às 20h30, no auditório da Santa Casa da Misericórida. O Arqt.º José Parreira é o orador convidado, para proferir uma conferência que terá por título “Angra cidade que futuro?”

quarta-feira, 24 de março de 2010

Conferência - Do Urbanismo Regulado no Atlântico Português


Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo

3.ª Conferência do Ciclo
OCEANO DE HISTÓRIAS- NOVOS CAMINHOS DA HISTÓRIA DO ATLÂNTICO

Do Urbanismo Regulado no Atlântico Português.
pelo Prof. Dr. Jorge Correia
26 de Março 2010 (6.ª feira), pelas 18h00

Governo Regional edita livro "Arquitectura Contemporânea nos Açores"


"A Presidência do Governo Regional, através da Direcção Regional da Cultura, acaba de editar o livro “Arquitectura Contemporânea nos Açores”, da autoria de José Manuel Fernandes e Ana Janeiro.

A obra é dividida em três capítulos que abordam a herança histórica – antecedentes dos séculos XV, XVIII e XIX –, a transição dos séculos XX e XXI e o destaque de nove obras contemporâneas qualificadas.

Esta edição, documentada com fotografias de grande qualidade e aparato gráfico, para além de contextualizar a cultura, a geografia e a história dos Açores desde o povoamento até à actualidade, atravessa o percurso histórico da arquitectura açoriana (militar, religiosa, civil e doméstica) enquadrando o urbanismo novecentista. Refere também alguns autores insulares, os temas e obras mais destacadas em diversas ilhas e identifica, sob a perspectiva do autor, algumas obras de arquitectura nos Açores do século XXI com qualidade de inovação, de integração e de recuperação.

Trata-se de uma obra de divulgação que salienta a dimensão estética dos edifícios e seus pormenores e apresenta um estudo das obras propriamente contemporâneas, não descurando a importância da permanência e continuidade histórica de uma qualificada arquitectura regional nos Açores.

José Manuel Fernandes é arquitecto e professor agregado em História da Arquitectura e do Urbanismo pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e pode afirmar-se como profundo conhecedor dos Açores desde há longa data, pelos trabalhos que tem desenvolvido nesta Região.

Ana Janeiro é bacharel em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e colaborou com José Manuel Fernandes em outras edições sobre arquitectura.

O livro “Arquitectura Contemporânea nos Açores” encontra-se à venda nas lojas de Cultura da Direcção Regional da Cultura e nas livrarias dos Açores."

sexta-feira, 12 de março de 2010

Documentário "Três Casas em São Miguel"


"No âmbito do ciclo de conferências Conversas à Janela, O IAC-Instituto Açoriano de Cultura e a associação cultural «Despe-te que suas» apresentam, na próxima sexta-feira, dia 12 de Março pelas 21h00, na Galeria do IAC, um documentário de temática sobre arquitectura contemporânea intitulada «Três casas em São Miguel». que contará com a presença da realizadora Andreia Luís e do Arquitecto Sérgio Luís, que comentarão o conteúdo deste trabalho.

Realizado por Andreia Luís, “Três casas em São Miguel” é um documentário sobre a arquitectura contemporânea nos Açores, em particular sobre três obras contemporâneas construídas na ilha de São Miguel - Casa Torreão, Casa da Rocha e Casa Pacheco de Melo. Através dos depoimentos dos arquitectos Manuela Braga, João Maia e Pedro Maurício Borges, e das imagens das três casas micaelenses, o documentário convida o espectador a reflectir sobre o processo de idealização e construção de uma casa de sonho e a tomar consciência das relações, por vezes intensas e difíceis, que se criam entre as partes envolvidas.

Este projecto marca a estreia de Andreia Luís na realização de documentários. Licenciada em Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia pela Universidade Lusófona de Lisboa, Andreia uniu-se ao seu irmão Sérgio Luís, arquitecto e co-realizador para realizar este documentário com o objectivo de melhor compreender o mundo da arquitectura.

Este documentário será também apresentado em São Miguel no dia 10 de Março, pelas 21h00, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

DEBATES | Cais de Cruzeiros na Baía de Angra | Instituto Histórico da Ilha Terceira

"O primeiro debate organizado pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira sobre Angra do Heroísmo e a construção de um cais de cruzeiros na sua baía está agendado para 22 de fevereiro. O ciclo de conversas prolonga-se até junho."

In http://www.diarioinsular.com/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O TEATRO MICAELENSE NO SÃO LUIZ | OS AÇORES E A ARQUITECTURA

3 MARÇO 2010
QUARTA ÀS 18H30
JARDIM DE INVERNO
ENTRADA LIVRE

A arquitectura nos Açores tem suscitado um crescente interesse junto de investigadores e público em geral. A formulação das principais características da arquitectura popular ou vernácula em contraponto com a dita erudita constitui motivo essencial para uma revisitação por parte de especialistas que se têm dedicado ao seu estudo. Simultaneamente, será abordada a arquitectura contemporânea, que nos últimos anos conheceu um incremento de qualidade e quantidade no território açoriano. Acompanha este painel uma exposição sobre a arquitectura conhecida por “Estilo Micaelense”.

Intervenientes Manuel Graça Dias (moderador), João Vieira Caldas (Arquitectura Popular), Isabel Soares de Albergaria (Arquitectura Erudita) e José Manuel Fernandes (Arquitectura Contemporânea)

In http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=98



SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
Rua António Maria Cardoso, 38
1200-027 Lisboa
Tel. (+351) 213 257 640
+351) 213 257 631

Projecto de Recuperação Solar dos Arriagas | Horta | Arqt. Rui Pinto e Ana Robalo



Fotos in http://geocrusoe.blogspot.com/2007/07/patrimnio-em-runas-ii-casa-do.html

"O Governo Regional dos Açores vai recuperar a casa onde nasceu o primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga, na cidade da Horta.

Na Casa das Florinhas ou Solar dos Arriagas - presentemente num estado de avançada ruína, agravado pelo facto de a cobertura central ter colapsado na sequência do sismo de 1998 - o executivo açoriano pretende criar "um espaço de evocação da memória do seu patrono e dos ideais e valores da República", revelou ao PÚBLICO o director regional da Cultura, Jorge Paulus Bruno, que concretizará uma iniciativa lançada pela sua antecessora Gabriela Canavilhas, antes de assumir o cargo de ministra da Cultura. O projecto de arquitectura e especialidades, executado pelo atelier de Rui Pinto e Ana Robalo, foi entregue esta semana.

As propostas desenvolvidas no âmbito deste deste projecto assentam, segundo aqueles arquitectos, em duas frentes de intervenção distintas: a recuperação dos edifícios e a valorização paisagística dos espaços exteriores. A abordagem, revelam, passará pela materialização dos antigos espaços, que representam uma determinada época e, por isso, um lugar de memória a reportar, geridos numa dialéctica com os novos usos e com a vida contemporânea.

O imóvel situa-se numa das mais sugestivas e delicadas áreas urbanas da cidade da Horta, freguesia da Matriz, assente numa malha urbana que data do século XVIII. A recuperação da casa tem sido reivindicada por várias personalidades e instituições do Faial e a sua inauguração integra o programa das comemorações do Centenário da República.

A obra de reabilitação do denominado Solar dos Arriagas vai ser objecto de um concurso público para a adjudicação da empreitada. O edifício passou a integrar a lista de imóveis de Interesse Público dos Açores, por decisão do governo regional, por constituir um "exemplar de valor representativo de uma memória colectiva que não pode desaparecer e um verdadeiro testemunho de vivências e de factos históricos, indissociáveis da reabilitação histórica de Manuel de Arriaga". A resolução evoca ainda alguns elementos da vida e obra de Manuel de Arriaga que, nascido a 8 de Julho de 1840 na cidade da Horta, filho de descendentes de famílias nobres açorianas, ocupou o cargo de Presidente da República entre Agosto de 1911 e Maio de 1915. Falecido a 5 de Março de 1917, os seus restos mortais foram transladados em 2004 para o Panteão Nacional por proposta do presidente do Governo dos Açores."

In Jornal O Público:
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/governo-dos-acores-recupera-casa-onde-nasceu-primeiro-presidente-da-republica_1421628

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Arquitectura Subterrânea...