sábado, 31 de janeiro de 2009

Arquitectura | aprender...

Na revista do Diário Insular, do passado fim-de-semana, dispendi algum tempo a ler o que me pareceu um excelente artigo do Dr. Francisco Maduro-Dias, intitulado "Injustiças(2)".
De facto, temos muito a aprender com a inteligência nata e o Saber de um Povo, neste caso concreto a nível arquitectónico e construtivo.
Passo a citar os trechos que mais apreciei, acerca das "características da nossa construção mais antiga e do modo como eram perceptíveis comportamentos e preocupações de poupança de energia, de enquadramento ambiental, de sabedoria":
"(...)a chamada "contrução tradicional" não é igual entre si e progrediu no tempo. As casas antigas variam entre as mais antigas, que tinham andares nobres e lojas baixas e as que tinham altos pés-direitos e janelas altas, mais modernas.
Quanto às janelas e portas uma coisa são as aberturas mais pequenas, com postigos e às vezes sem vidros, outra são as vidraças de guilhotina ou de duas folhas de abrir, deixando entrar mais luz, sol e calor.
Por isso falar de construção tradicional é arriscado e pode tender a meter no mesmo saco épocas e modos de viver e construir bem diferentes.
Umas mais que outras têm todas, porém, a seu modo, preocupações comuns: aproveitar a energia envolvente e aumentar o conforto de uso.
(Isso aconteceu até meados do século XX..., depois essas preocupações foram colocadas em surdina).
Veja-se que muitas casas estão colocadas de lado para a estrada e de frente para o Nascente, Sul ou Sueste. Aproveitam assim o sol, mais que noutra posição. São caiadas de brancona fachada, o que reflecte a luz e evita o calor em demasia, e têm a parede de trás muitas vezes na pedra, sem revestimento, o que permite absorver calor do poente.
Os quartos de cama ficam de preferência a sul, recebendo mais calor, e as cozinhas ficam a Norte, compensando com o calor do forno e do fogão, que estava sempre aceso, a maior frescura desse lado.
As aberturas são quase todas voltadas paras Nascente e Sul, deixando a parede Poente muitas vezes cega. Recebem assim as maiores doses de luz e calor e evitam o frio e as aragens e vendavais de Poente.
Talvez já tenham reparado nas árvores, de folha caduca na frente. Com folhas fazem sombreiro de Verão, sem folhas deixam passar o calor e luz quando são mais precisos: no Inverno.
Os tectos são de forro bem fechado e sobreposto, evitando as perdas de calor, e as telhas de barro, que ficam por cima, permitem muitas trocas térmicas sem recurso ao que há no interior da casa, já que recebem calor durante o dia e podem devovê-lo à noite, à atmosfera.
Essas casas são preferencialmente colocadas em lugares mais altos e pedregosos, evitando a humidade nos alicerces e no interior, e deixando todo o terreno de melhor qualidade disponível para a agricultura.(...)"
In Revista n.º303 do Diário Insular, 25 de Janeiro de 2009, p.14

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ponta Delgada: Nova igreja católica em 2009 | Arqt.º Luis Francisco Meneses

A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, adiantou que esta obra representa a concretização um "sonho com mais de 30 anos" da comunidade local, que vai marcar o século XXI nos Açores.

"As igrejas fazem-se de séculos em séculos e esta obra é um marco importante para Ponta Delgada e para os Açores", afirmou Berta Cabral, que falava na assinatura da cedência do terreno da Diocese de Angra e Ilhas dos Açores para a autarquia.

Berta Cabral, que prevê que o templo possa ser inaugurado a 13 de Maio de 2009, apelou à comunidade a continuar a recolher fundos para a aquisição de mobiliário da igreja, que, depois de concluída, poderá dar origem a uma nova paróquia em Ponta Delgada.

Segundo explicou a autarca, esta obra surge porque o regulamento municipal de Ponta Delgada determina que os construtores civis do concelho construam equipamentos sociais e desportivos e, nesse âmbito, uma empresa foi desafiada a inovar, construindo um templo e o complexo paroquial do Lajedo, onde funcionará a catequese e o arquivo.

O projecto de arquitectura prevê um templo de linhas modernas, com uma nave única, que será construído num terreno com 3.826 metros quadrados, que foi oferecido pelo Governo Regional à Diocese açoriana para este efeito há 30 anos.

Para o Cónego José Garcia, da Igreja Paroquial de São José, mais do que um sonho antigo, liderado pelo Monsenhor Maia, a construção da nova igreja era urgente, dado o crescimento populacional que se verifica na zona do Lajedo.

"Só uma comunidade de fé viva e estruturada poderá construir uma casa de Deus para os homens utilizarem", lembrou o Cónego José Garcia.

RME.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

In http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=340449&visual=26


FOTOS DE OBRA
In http://paroquiadesaojose.blogspot.com/2008/11/igreja-de-nossa-senhora-de-ftima.html




MAQUETIZAÇÃO 3D



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Exposição de Aguarelas | Arqt. Soares de Sousa Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada

"Arquitecto, com provas dadas nas artes plásticas, António Eduardo Soares de Sousa, volta a expor no Centro Municipal de Cultura um conjunto de aguarelas que intitulou de “23 Brincadeiras”.
Pessoas, situações, cenas do quotidiano proliferam num conjunto de aguarelas que o autor chama de “23 Brincadeiras” mas, que, ao contrário do que o título da exposição pressupõe, revelam um processo de criação consolidado pelo talento de António Eduardo Soares de Sousa. Até porque este arquitecto de formação e profissão faz representar a sua pintura no Museu Carlos Machado, na Casa dos Açores em Lisboa, na Casa dos Açores em Faro, instituições e colecções particulares nos Açores, Continente e no estrangeiro.
Além do mais, muitos das suas obras já foram expostas a título individual e colectivo, não só nas ilhas e no Continente, mas, também, em Macau e nas Bermudas.
Natural de Ponta Delgada, António Eduardo Soares de Sousa recebeu, logo no início da sua carreira, uma Menção Honrosa, em 1954, quando participou na primeira Exposição Universitária de Ilustração de Poesia, na Faculdade de Letras de Lisboa, um prenúncio de um percurso de mérito nas artes.
Depois de uma exposição, com carácter muito aberto e didáctico, com o título “Percurso Amador”, que trouxe ao Centro Municipal de Cultura em 2007 estudantes e um público muito interessado, Soares de Sousa volta ao Auditório do CMC com “23 Brincadeiras”."
A exposição foi inaugurada no final do dia de sexta-feira, 23 de Janeiro pelas 18h30, abrindo ao público em geral no sábado, para ficar patente até 12 de Março.
In http://cm-pontadelgada.azoresdigital.pt/Default.aspx?Module=Noticia&ID=88911

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Centro de Artes e de Ciências do Mar recebe Menção Honrosa

O Ministério da Economia e da Inovação juntamente com o Turismo de Portugal, com o apoio da Deloitte atribuiu ao projecto Centro de Artes e de Ciências do Mar, promovido pela Câmara Municipal das Lajes do Pico, uma Menção Honrosa da Categoria Novo Projecto Público no âmbito dos Prémios de Turismo de Portugal 2008.

"A distinção atribuída reconhece o contributo do projecto para a qualificação do turismo nacional e para a notoriedade de Portugal como destino turístico."

Mais um bom exemplo arquitectónico nos Açores!